Uma empresa Norte Americana iniciou um recall voluntário de pepinos frescos devido à possível contaminação por Salmonella. Esses produtos foram distribuídos entre 12 de outubro e 26 de novembro de 2024, principalmente nos EUA e Canadá. Até agora, 68 casos de infecção por Salmonella Typhimurium foram relatados em 19 estados dos EUA, com 18 hospitalizações, mas sem mortes. A contaminação foi vinculada a pepinos cultivados por uma outra empresa mexicana.
Salmonella é um microrganismo Gram-negativo, pertencente à família Enterobacteriaceae. É composto por mais de 2.500 sorotipos, sendo os mais comuns associados a infecções humanas o S. Typhimurium e o S. Enteritidis. É capaz de causar infecções graves, especialmente em crianças pequenas, idosos, pessoas frágeis ou com sistemas imunológicos comprometidos. Quando indivíduos saudáveis são infectados, geralmente apresentam sintomas como febre, diarreia (possivelmente com sangue), náusea, vômito e dor abdominal. Em casos raros, a bactéria pode alcançar a corrente sanguínea, levando a complicações graves, como infecções arteriais (aneurismas infectados), endocardite ou artrite. Os sintomas da salmonelose surgem entre 6 horas e 6 dias após a infecção, com duração de 4 a 7 dias.
O tratamento geralmente é sintomático, mas casos graves requerem antibióticos específicos. A detecção precoce por meio de métodos como PCR, ELISA ou meios seletivos é fundamental para reduzir surtos e proteger a saúde pública.
A contaminação por Salmonella em alimentos frescos pode ocorrer no campo, devido ao uso de fertilizantes contaminados, água não tratada, por equipamentos ou embalagens inadequadamente higienizados; e durante transporte e armazenamento, por temperaturas e manipulação inadequadas. A prevenção exige boas práticas agrícolas e de fabricação, higienização rigorosa de superfícies e equipamentos, e controle de temperaturas. Além disso, o monitoramento microbiológico em pontos críticos e o uso de métodos mais seletivos, ajudam a detectar e mitigar riscos precocemente.
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