Os β-lactâmicos são antibióticos de primeira linha para o tratamento de infecções causadas por Enterobacterales.
Contudo, desde o início da sua utilização maciça nos anos 40, a sua eficácia tem vindo a ser desafiada pela produção de enzimas que os inativam: as β-lactamases. Dentre essas, as carbapenemases são capazes de hidrolisar os antibióticos carbapenêmicos. Antes dos anos 90, a maior parte de resistências a antibióticos eram associadas à produção de β-lactamases de largo espectro (ESBL), que pertencem às classes A, B, C e D da classificação de Ambler.
Mais tarde, os estudam demonstraram um aumento de carbapenemases nas Enterobacterales. Dentre essas carbapenemases, a β-lactamases KPC (classe A) espalhou-se pelo mundo na década de 2000.
Depois disto, também se tem observado a expansão das metalo-β-lactamases (MBL) do tipo IMP, VIM e NDM (Classe B), bem como das OXA-48 (Classe D). Estas são principalmente detectadas em hospitais e são responsáveis pela maior parte das infecções nosocomiais e causam um grande problema em termos de saúde global, especialmente pelo fato da sua presença ser difícil de detectar.